Sou precário, indefinido como o universo da dúvida,
coagido como estrelas entre planetas infinitos.
A fala adiada.
A saudade guardada num baú de relicários,
com fé paga em velas e sacrifícios físicos.
O sangue que escorre pelo meu corpo
é o como a água que alimenta a terra,
as flores onde nascem frutos e amores,
onde repousa o ostensivo silêncio do abandono
no axioma das brutais incertezas que me ferem,
destroem,
calam qualquer voz.
Minha fraqueza vem súbita com a noite,
na escuridão do não compreender sombras,
nem distinguir olhos taciturnos, coagidos, indefesos.
Minha túmida memória
revivendo perdas e rendendo-se aos caos,
oceano vésper desse não saber existir
e ser mais simples,
livre,
liberto de mim !!!
Simone Oliveira
Um comentário:
Relmente há na vida uma "fala adiada.
uma saudade guardada num baú de relicários"
é somos imperfeitos, numa escuridão que só a vida tem, mas ao mesmo tempo somos nós que a enxergamos assim.
abraçs
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